segunda-feira, 31 de outubro de 2016

1 de novembro


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Dia de Todos os Santos


Sede santos porque Eu, o Senhor Vosso Deus, sou Santo.
O desafio da santidade é um compromisso de felicidade, de aperfeiçoamento, de vida no bem, na verdade e do amor. Não é o privilégio de alguns iluminados ou puros, é o caminho que todos podemos e devemos percorrer. Não é uma conquista ou uma usurpação, é dádiva de Deus que em Jesus Cristo nos redime e nos salva, nos introduz na Sua comunhão de vida nova. Pelo batismo, com efeito, tornamo-nos santos, isto é, filhos amados de Deus. Ao longo do tempo, vivemos neste itinerário de santidade, por vezes decididos, outras vezes aos tropeções.
Os discípulos de Jesus começaram a ser chamados de cristãos, pela primeira vez, em Antioquia; até então era chamados de santos, de eleitos. A santidade é própria daqueles que foram ungidos para Deus, e que na água e no Espírito Santo se tornaram membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja.
Durante o corrente ano, três figuras do Papado foram reconhecidas como Santos, João Paulo II e João XXIII, e como Beato, Paulo VI. Personalidades distintas, serviram a Igreja, anunciaram o Evangelho, levaram Jesus Cristo ao mundo.
Nem todos os santos adquirem a visibilidade que lhes permita serem propostos pela Igreja a todo o mundo. Neste dia de Todos os Santos evocamos sobretudo o inumerável número de santos que souberam lavar as suas vestes no sangue do Cordeiro e oferecer as suas vidas a favor dos seus irmãos: «Vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de almas na mão».
Cento e quarenta e quatro mil, isto é, multidões de pessoas, um número incontável de filhos que se deixaram tocar pela presença de Deus nas suas vidas. Na adversidade e na bonança, não desistiram de buscar o bem, para si e sobretudo para os outros, procurando revestir de Cristo o mundo inteiro.
Imitando Jesus, fizeram-se próximos, na humildade e no amor, dos mais distantes, dos mais frágeis, perfumaram os caminhos por onde passaram com a alegria de testemunharem o amor de Deus.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

XXXI Tempo Comum


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ZAQUEU



A liturgia deste domingo convida-nos a contemplar o quadro do amor de Deus. Apresenta-nos um Deus que ama todos os seus filhos sem excluir ninguém, nem sequer os pecadores, os maus, os marginais, os “impuros”; e mostra como só o amor é transformador e revivificador.
Na primeira leitura um “sábio” de Israel explica a “moderação” com que Deus tratou os opressores egípcios. Essa moderação explica-se por uma lógica de amor: esse Deus omnipotente, que criou tudo, ama com amor de Pai cada ser que saiu das suas mãos – mesmo os opressores, mesmo os egípcios – porque todos são seus filhos.
O Evangelho apresenta a história de um homem pecador, marginalizado e desprezado pelos seus concidadãos, que se encontrou com Jesus e descobriu n’Ele o rosto do Deus que ama… Convidado a sentar-se à mesa do “Reino”, esse homem egoísta e mau deixou-se transformar pelo amor de Deus e tornou-se um homem generoso, capaz de partilhar os seus bens e de se comover com a sorte dos pobres.
A segunda leitura faz referência ao amor de Deus, pondo em relevo o seu papel na salvação do homem (é d’Ele que parte o chamamento inicial à salvação; Ele acompanha com amor a caminhada diária do homem; Ele dá-lhe, no final da caminhada, a vida plena)… Além disso, avisa os crentes para que não se deixem manipular por fantasias de fanáticos que aparecem, por vezes, a perturbar o caminho normal do cristão.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

XXX Tempo Comum


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HUMILDADE



A liturgia deste domingo ensina-nos que Deus tem um “fraco” pelos humildes e pelos pobres, pelos marginalizados; e que são estes, no seu despojamento, na sua humildade, na sua finitude (e até no seu pecado), que estão mais perto da salvação, pois são os mais disponíveis para acolher o dom de Deus.
A primeira leitura define Deus como um “juiz justo”, que não se deixa subornar pelas ofertas desses poderosos que praticam injustiças na comunidade; em contrapartida, esse Deus justo ama os humildes e escuta as suas súplicas.
O Evangelho define a atitude correcta que o crente deve assumir diante de Deus. Recusa a atitude dos orgulhosos e auto-suficientes, convencidos de que a salvação é o resultado natural dos seus méritos; e propõe a atitude humilde de um pecador, que se apresenta diante de Deus de mãos vazias, mas disposto a acolher o dom de Deus. É essa atitude de “pobre” que Lucas propõe aos crentes do seu tempo e de todos os tempos.
Na segunda leitura, temos um convite a viver o caminho cristão com entusiasmo, com entrega, com ânimo – a exemplo de Paulo. A leitura foge, um pouco, ao tema geral deste domingo; contudo, podemos dizer que Paulo foi um bom exemplo dessa atitude que o Evangelho propõe: ele confiou, não nos seus méritos, mas na misericórdia de Deus, que justifica e salva todos os homens que a acolhem.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

XXIX Tempo Comum

Pastor
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No âmbito da celebração do nosso padroeiro S. Lucas, no próximo dia 16 a nossa paróquia receberá a visita do nosso pastor diocesano, o Cardeal Patriarca D. Manuel Clemente.

Que a sua visita traga bons frutos às nossas comunidade.

A Palavra que a liturgia de hoje nos apresenta convida-nos a manter com Deus uma relação estreita, uma comunhão íntima, um diálogo insistente: só dessa forma será possível ao crente aceitar os projectos de Deus, compreender os seus silêncios, respeitar os seus ritmos, acreditar no seu amor.
O Evangelho sugere que Deus não está ausente nem fica insensível diante do sofrimento do seu Povo… Os crentes devem descobrir que Deus os ama e que tem um projecto de salvação para todos os homens; e essa descoberta só se pode fazer através da oração, de um diálogo contínuo e perseverante com Deus.
A primeira leitura dá a entender que Deus intervém no mundo e salva o seu Povo servindo-Se, muitas vezes, da acção do homem; mas, para que o homem possa ganhar as duras batalhas da existência, ele tem que contar com a ajuda e a força de Deus… Ora, essa ajuda e essa força brotam da oração, do diálogo com Deus.
A segunda leitura, sem se referir directamente ao tema da relação do crente com Deus, apresenta uma outra fonte privilegiada de encontro entre Deus e o homem: a Escritura Sagrada… Sendo a Palavra com que Deus indica aos homens o caminho da vida plena, ela deve assumir um lugar preponderante na experiência cristã.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

XXVIII Tempo Comum


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MISERICÓRDIA


A liturgia deste domingo mostra-nos, com exemplos concretos, como Deus tem um projecto de salvação para oferecer a todos os homens, sem excepção; reconhecer o dom de Deus, acolhê-lo com amor e gratidão, é a condição para vencer a alienação, o sofrimento, o afastamento de Deus e dos irmãos e chegar à vida plena.
A primeira leitura apresenta-nos a história de um leproso (o sírio Naamã). O episódio revela que só Jahwéh oferece ao homem a vida e a salvação, sem limites nem excepções; ao homem resta acolher o dom de Deus, reconhecê-l’O como o único salvador e manifestar-Lhe gratidão.
O Evangelho apresenta-nos um grupo de leprosos que se encontram com Jesus e que através de Jesus descobrem a misericórdia e o amor de Deus. Eles representam toda a humanidade, envolvida pela miséria e pelo sofrimento, sobre quem Deus derrama a sua bondade, o seu amor, a sua salvação. Também aqui se chama a atenção para a resposta do homem ao dom de Deus: todos os que experimentam a salvação que Deus oferece devem reconhecer o dom, acolhê-lo e manifestar a Deus a sua gratidão.
A segunda leitura define a existência cristã como identificação com Cristo. Quem acolhe o dom de Deus torna-se discípulo: identifica-se com Cristo, vive no amor e na entrega aos irmãos e chega à vida nova da ressurreição.