segunda-feira, 23 de setembro de 2019

XXVI Tempo Comum


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FELIZES OS POBRES...



A liturgia deste domingo propõe-nos, de novo, a reflexão sobre a nossa relação com os bens deste mundo... Convida-nos a vê-los, não como algo que nos pertence de forma exclusiva, mas como dons que Deus colocou nas nossas mãos, para que os administremos e partilhemos, com gratuidade e amor.
Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia violentamente uma classe dirigente ociosa, que vive no luxo à custa da exploração dos pobres e que não se preocupa minimamente com o sofrimento e a miséria dos humildes. O profeta anuncia que Deus não vai pactuar com esta situação, pois este sistema de egoísmo e injustiça não tem nada a ver com o projecto que Deus sonhou para os homens e para o mundo.
O Evangelho apresenta-nos, através da parábola do rico e do pobre Lázaro, uma catequese sobre a posse dos bens... Na perspectiva de Lucas, a riqueza é sempre um pecado, pois supõe a apropriação, em benefício próprio, de dons de Deus que se destinam a todos os homens... Por isso, o rico é condenado e Lázaro recompensado.
A segunda leitura não apresenta uma relação directa com o tema deste domingo... Traça o perfil do "homem de Deus": deve ser alguém que ama os irmãos, que é paciente, que é brando, que é justo e que transmite fielmente a proposta de Jesus. Poderíamos, também, acrescentar que é alguém que não vive para si, mas que vive para partilhar tudo o que é e que tem com os irmãos?

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

XXV Tempo Comum


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Servir somente a DEUS...




A liturgia sugere-nos, hoje, uma reflexão sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais devem assumir na nossa vida. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, os discípulos de Jesus devem evitar que a ganância ou o desejo imoderado do lucro manipulem as suas vidas e condicionem as suas opções; em contrapartida, são convidados a procurar os valores do "Reino".
Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia os comerciantes sem escrúpulos, preocupados em ampliar sempre mais as suas riquezas, que apenas pensam em explorar a miséria e o sofrimento dos pobres. Amós avisa: Deus não está do lado de quem, por causa da obsessão do lucro, escraviza os irmãos. A exploração e a injustiça não passam em claro aos olhos de Deus.
O Evangelho apresenta a parábola do administrador astuto. Nela, Jesus oferece aos discípulos o exemplo de um homem que percebeu como os bens deste mundo eram caducos e precários e que os usou para assegurar valores mais duradouros e consistentes... Jesus avisa os seus discípulos para fazerem o mesmo.
Na segunda leitura, o autor da Primeira Carta a Timóteo convida os crentes a fazerem do seu diálogo com Deus uma oração universal, onde caibam as preocupações e as angústias de todos os nossos irmãos, sem excepção. O tema não se liga, directamente, com a questão da riqueza (que é o tema fundamental da liturgia deste domingo); mas o convite a não ficar fechado em si próprio e a preocupar-se com as dores e esperanças de todos os irmãos, situa-nos no mesmo campo: o discípulo é convidado a sair do seu egoísmo para assumir os valores duradouros do amor, da partilha, da fraternidade.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

XXIV Tempo Comum


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Façamos uma FESTA...




A liturgia deste domingo centra a nossa reflexão na lógica do amor de Deus. Sugere que Deus ama o homem, infinita e incondicionalmente; e que nem o pecado nos afasta desse amor...
A primeira leitura apresenta-nos a atitude misericordiosa de Jahwéh face à infidelidade do Povo. Neste episódio - situado no Sinai, no espaço geográfico da aliança - Deus assume uma atitude que se vai repetir vezes sem conta ao longo da história da salvação: deixa que o amor se sobreponha à vontade de punir o pecador.
Na segunda leitura, Paulo recorda algo que nunca deixou de o espantar: o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor derrama-se incondicionalmente sobre os pecadores, transforma-os e torna-os pessoas novas. Paulo é um exemplo concreto dessa lógica de Deus; por isso, não deixará de testemunhar o amor de Deus e de Lhe agradecer.
O Evangelho apresenta-nos o Deus que ama todos os homens e que, de forma especial, Se preocupa com os pecadores, com os excluídos, com os marginalizados. A parábola do "filho pródigo", em especial, apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente o regresso do filho rebelde, que o abraça quando o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para celebrar o reencontro.