segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Festa de Natal da Catequese

É com enorme alegria que toda a comunidade agradece às crianças e jovens da nossa catequese, bem como aos catequistas e pais que tanto se empenharam para a realização desta festa de Natal que foi magnífica e que proporcionou aos presentes um linda e divertida tarde de domingo.

Deixamos a mensagem de natal dos mais pequeninos do 1.º catecismo.



A Todos o nosso enorme OBRIGADO!!!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Maranatha- Vinde Senhor Jesus


Não demoreis, ó Salvador do mundo,

Erguei-vos, ó divina Claridade
Ó Sol do novo dia, luz, Verdade,
Vencei da noite o sono tão profundo

 O vosso nascimento em nossa história
Transforme em alegria o sofrimento
Chegue depressa o tão feliz momento
De contemplar a luz da vossa glória! 

Olhai a humanidade pecadora,
Olhai as suas dores, seus pecados
De tantos males somos esmagados!
Abri a vossa mão libertadora!

Queridos paroquianos!

Depois de termos concluído o ano litúrgico B com  a Festa de Cristo Rei e Senhor do Universo, iniciámos um novo ano litúrgico, o ciclo C, e a Igreja desafia a humanidade a orar e a estar atentos, vigilantes e preparados para a vinda do Senhor. Esta vinda não é somente a vinda na carne do Filho de Deus no Nascimento em Belém (III e IV Domingos do Advento), mas também a presença misteriosa de Cristo atuante na Sua própria Igreja e a Sua vinda gloriosa, no fim dos tempos, quando então conhecermos e vermos Deus face a face (I e II Domingos do Advento).
Este estado de constante vigilância também deve alagar os nossos horizontes para as necessidades dos mais miseráveis e dos que se encontram escondidos na escuridão das periferias. Assim, é necessário levar esta luz, que é Jesus Cristo, a todos os “cantos” da nossa sociedade, mesmo aos que estão mais longe de nós, quer fisicamente ou socialmente.
Para nos ajudar a percorrer este caminho de busca constante pelas necessidades do nosso próximo, o Papa Francisco vai iniciar o Ano Santo da Misericórdia no próximo dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição. O Papa pede a todos os homens que dirijam o seu coração para os mais miseráveis, para os mais necessitados, para aqueles que vivem na solidão e no desanimo. “Dizei aos desanimados, coragem não temais!”
A Igreja deve anunciar a esta sociedade deprimida que o Salvador está para chegar, que a salvação está próxima, que o amor de Deus por nós é tão grande que se fez homem no seio da Virgem Santa Maria. Assim, toda a nossa paróquia viverá a Solenidade de Imaculada Conceição com fervor e devoção àquela que aceitou o desafio de ser Mãe do Salvador. Na noite de dia 7 de dezembro haverá na Igreja Paroquial a Vigília da Imaculada Conceição com a oração cantada e meditada do hino mais belo da vida de Nossa Senhora e da história da salvação – Akathistos. Depois, a eucaristia do dia 8 de dezembro, com toda a nossa paróquia a convergir para a nossa Igreja Mãe da Freiria para venerar a Mãe de Deus, Mãe dos homens e Rainha de Portugal.
Neste tempo do Advento devemos tomar consciência de que o anúncio da salvação feita ao povo de Israel já se cumpriu, que todos nós somos vidas nascidas da certeza de que o Senhor ressuscitou, que está sempre connosco e nos faz viver na luz, na alegria e na paz. Cristo incute no homem esta missão de transmitir esta vida de graça aos outros, que todos os nossos gestos, palavras e pensamentos “transpirem” este júbilo. Assim, também o nosso coração deverá estar preparado para receber o Deus Menino. Durante as próximas 6.ª feiras, na Igreja Paroquial haverá Adoração do Santíssimo e tempo de confissões e de reconciliação com o Senhor das 17:30h às 19h. Façamos um esforço por nos aproximar da misericórdia do Senhor presente no sacramento da Penitência.
Também neste tempo do Advento o Sr. Bispo estará connosco no Domingo, dia 20 de dezembro, para confirmar os nossos jovens que receberão a força do Espírito Santo que nos transforma e aproxima da salvação que nos é prometida desde o dia do nosso nascimento.
Também nos alegramos com a nossa Casa do Povo que nos próximo dia 8 de dezembro celebra mais um aniversário de serviço e dedicação à nossa comunidade nas pessoas dos mais novos e mais idosos.
Por fim, dirijo-me à nossa catequese para que se prepare de coração aberto à mensagem do Natal como festa da unidade, da família, mas, principalmente, do amor de Deus por nós que Se entrega à humanidade na pessoa de uma simples criança que vem para ser a Salvação do Mundo, a Luz das Nações – o MESSIAS.

Um Santo Advento para todos, na esperança do Vinda do Senhor!

O Prior.

Vinde Jesus, brilhe no mundo a vossa Luz.
Vinde Senhor, reine entre os homens vosso Amor. 

Vinde Senhor: a Igreja Vos espera,
Sol de justiça, eterna primavera.
Vinde Senhor: a Terra Vos procura,
Vós sois a Luz de toda a criatura. 

Palavra Eterna, falai à vossa Igreja
Que tão ardentemente Vos deseja.
Palavra Eterna, criai um mundo novo,
Fazei dos homens todos um só povo. 

Palavra Eterna, Simples, Incorrupta,
Falai, Senhor, que a vossa Igreja escuta.
Palavra Eterna, clamai neste deserto,
Fazei sentir aos homens que estais perto. 

Vinde Senhor: a Igreja é vossa Esposa
Mostrai-lhe a vossa face gloriosa.
Vinde Senhor: Falai, Verbo de Deus,
Criai a nova terra e os novos céus.
 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Solenidade de Cristo Rei e Senhor do Universo

A festa de Cristo Rei foi criada pelo papa Pio XI em 1925. Instituiu que fosse celebrada no último domingo de outubro. Agora, na reforma litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico como ponto de chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas.

A criação desta festa tinha uma conotação política de grandiosidade. Quem, dos mais antigos, não foi da Cruzada Eucarística? Roupinha branca, fita amarela com cruz e dois traços azuis para os melhores. Qual era o comprimento? - Viva Cristo! – Rei! Este amor a Cristo Rei sustentou os cristãos na perseguição do México. Quantos mártires não entregaram a vida proclamando: Viva Cristo Rei! Quem sabe nos falte uma definição maior para o Reino de Cristo.

A oração da missa assim reza: “Deus que dispusestes restaurar todas as coisas em vosso Filho Amado, Rei do Universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade vos glorifiquem eternamente”. Vejamos os termos: Rei do Universo, vossa majestade. Para este sentido endereça a primeira leitura: A glória do Filho do Homem - “Seu poder é poder eterno que não lhe será tirado e seu reino, um reino que não se dissolverá” (Dn l7,14). Cristo com sua morte e ressurreição foi feito o Senhor da Glória. Seu Reino não tem fim.

Rei da Verdade.

Mesmo que seja um reino, o é diferente dos reinos e governos do mundo. Jesus se proclama rei diante de Pilatos: “Tu és Rei?” Pergunta Pilatos diante no tribunal. “Tu o dizes, eu sou rei. Para isso nasci e vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta minha voz” (Jo 18,37). Jesus é rei da verdade. Pilatos pergunta-lhe: “O que é a verdade?” Mas não espera a resposta. (É comum em nossa vida perguntar as coisas para Deus e não querer saber a resposta). O que é esta verdade que é a identificação com Ele próprio? “Eu sou a Verdade e a vida” (Jo 14,6). Ser verdade para Jesus é ser Ele próprio o testemunho da vontade do Pai: Estabelecer no mundo o domínio da misericórdia amorosa da qual o Pai é a fonte. “Graças a esta vontade é que somos salvos” (Hb 10.10). Durante sua vida procura unicamente fazer a vontade do Pai: “E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia” (Jo.6,39).

Um reino de sacerdotes.

Todo povo de Deus tem, como Cristo esta realeza. Esta é o domínio do amor que transforma o mundo. O amor é a primeira fonte da união com Deus. Ele faz de nossos gestos de serviço aos outros, da transformação das estruturas de escravidão em liberdade, um sacerdócio do povo de Deus e de cada um que santifica o universo. Ser cristão é já construir o reino de Cristo no mundo. A modalidade de construir este reino é o serviço fraterno, humilde como Cristo fez na sua morte que o glorificou. Unindo nossa vontade à sua e a vontade do Pai, podemos crer em verdade que Ele é Rei e Senhor.

Leituras: Daniel 7,13-14; Apocalipse 1,5-8; João 18,33-37

Contexto:

1. A festa de Cristo Rei, instituída por Pio XI, tinha uma finalidade político-religiosa de mostrar o senhorio de Jesus sobre o mundo, acima das situações de ateísmo e falta de religião. Esta festa foi colocada, na reforma litúrgica, no final do ano litúrgico para dar a perceber que Cristo é o centro do universo e para Ele tudo conflui.

2. Cristo, diante de Pilatos se declara rei da verdade. Ele conhece toda a verdade, por isso dá por ela a vida. A verdade é o desígnio do Pai de implantar no mundo o reino da misericórdia amorosa.

3. Todo o povo de Deus é sacerdotal, isto é, está unido a Cristo para a transformação do mundo em um mundo que sirva a Deus no culto verdadeiro que procede de um coração que ama.


Eduardo Rocha Quintella

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Festa do Acolhimento

No sábado passado, a nossa comunidade acolheu os meninos e as meninas que estão na catequese pela primeira vez.
Estas crianças, com os seus catequistas e pais, vão conhecer como é bom este grande amigo que Deus nos dá - Jesus.
Foi belo ver a nossa Igreja cheia, a testemunhar este ato de fé dos pais e crianças que aceitaram o desafio de caminhar de mãos dadas com Jesus.
Deixamos agora o nome das crianças que receberam a estrela da missão, depois de terem sido acolhidas no seio da nossa comunidade.
Obrigado e parabéns aos pais de...
 
Alice
Ana Patrícia
Dinis
Diana
Gonçalo
João
Laura
Madalena
Miriam
Rafael
 Renata
Santiago
Salvador
Tiago M.
Tiago F.
 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

“Um Santo ou um herói! “

Queridos Paroquianos!


Neste clima de unidade e caridade tão patente nas celebrações da Solenidade de São Lucas, o nosso Padroeiro, venho manifestar a minha alegria e gratidão a todos os que participaram e colaboraram nas festividades da paróquia.
     Este agradecimento estende-se às irmãs da congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima que estiveram junto de nós e que manifestaram ao longo destes últimos dias a enorme gratidão e amizade que sentem pelo povo da nossa comunidade paroquial. Também as restantes irmãs que não puderam estar junto de nós, pelos mais diversos motivos, manifestaram a sua alegria por esta iniciativa que permitiu aproximar estas religiosas que passaram pelas nossas terras/vidas ou que aprenderam a amar a Cristo pois são sementes desta terra, que o Senhor chamou para evangelizar outros irmãos.
     Um enorme obrigado a todos e que, em ano da vida consagrada, muitos mais cristãos desta paróquia possam entregar-se ao Senhor, consagrando-se a Ele de corpo  e alma.
     Neste domingo celebramos a Solenidade de Todos os Santos, com renovada confiança, gratidão e intercessão daqueles que nos precederam no caminho da fé, para que também um dia, possamos contemplar o rosto do Pai, e cantar eternamente as Suas misericórdias.
     Deixo-vos um excerto de um livro que fala da santidade.
     Seria bom que todos nós nos deixássemos seduzir pelo Senhor e que no mundo de imperfeição e trevas que inunda o quotidiano do ser humano, brilhasse a luz da misericórdia e o do amor, que é Jesus Cristo.
O Prior!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Solenidade de Todos os Santos

1 de novembro

Hoje, a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna.
“Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ “(Mt 5,48) (CIC 2013).
Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: “Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles”.
Sabemos que desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma “constelação”, já que São João viu: “Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9).
Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois “não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus” (Ef 2,19).
Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: “O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos.” “A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada” (CIC 2028).
Todos os santos de Deus, rogai por nós!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Um passado agradecido...

No fim de semana passado toda a nossa paróquia viveu e celebrou o Padroeiro São Lucas de uma forma muito especial.
Tivemos junto de nós 3 Servas de Nossa Senhora de Fátima: a Irmã Luísa (filha da terra) e as Irmãs Maria Júlia e Arminda que passaram pelas nossas terras aquando da sua passagem pela nossa paróquia, trazidas pelo Sr. Padre Escudeiro.
Foi muito comovente todos os momentos em que estivemos reunidos com elas. Agradecemos a Deus as suas vidas, as suas vocações e olhando para este passado que foi tão risonho, queremos construir um futuro comprometido com Cristo e com a sua mensagem.

Obrigado a todos os que colaboraram e participaram nas atividade.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

“Uma Igreja em saída! – Discípulos Missionários” (Papa Francisco)


Estamos a iniciar um ano pastoral marcado pela caminhada sinodal de toda
a diocese em união ao Santo Padre, o Papa Francisco, e ao nosso Patriarca Manuel Clemente. Este novo ano pastoral também será marcado pelo início do Ano da Misericórdia e nada melhor que começar pela Solenidade do nosso Padroeiro, São Lucas, o Evangelista da Misericórdia.  Deste modo, e tendo em conta o tema da Vida Consagrada, a nossa comunidade decidiu convidar todas as consagradas que marcaram a nossa comunidade pela sua passagem pelas nossas terras e também todas as que são “filhas” da nossa paróquia e que junto de todos nós cresceram em Deus, enamoraram-se por Ele e entregaram-se ao Senhor para uma vida de evangelização e misericórdia.

Assim, nos dias 17 e 18 de outubro, queremos viver o que o Papa anunciou como elementos fundamentais para que um consagrado seja o reflexo do seu Senhor no mundo. Queremos com as irmãs lembrar o passado através das memórias agradecidas pela sua passagem entre nós a evangelizar, mas também abraçar o futuro com a esperança que leva à certeza da Ressurreição com Cristo. No entanto, queremos juntos dos seus testemunhos de vida encontrar forças e ânimo para viver este presente com alegria, envolvidos na misericórdia de Deus, nosso Pai.

Recordo que a presença das irmãs nesta paróquia marcou a catequese, os grupos corais, ajudaram na fundação dos escuteiros, colaboraram com cuidados de saúde e na dimensão social da paróquia. , entre outras coisas tão belas que podemos recordar para, assim, construir um futuro no qual Cristo tem sempre o primeiro lugar, um mundo em que não existam ofensas a Deus, tal como pediu Nossa Senhora na última aparição de 13 de outubro, a qual celebraremos com eucaristia nos Chãos, seguida de procissão de velas.

Nesta solenidade de São Lucas e ao longo de todo este novo ano pastoral, o nosso padroeiro quer acolher todos, desde os mais novos com a nossa catequese que se iniciou neste mês, até aos mais idosos e doentes que poderão participar na eucaristia dos idosos e receber a Santa Unção. É importante que todos nós saibamos dar valor aos mais idosos, que façamos um esforço por trazê-los a Jesus, para que o Senhor os alivie, fortaleça e salve.

Para a catequese quero reunir-me com os pais e catequistas ao longo deste mês, estar mais próximo e dando as mãos desenvolver estratégias, vivências e experiências em que as crianças e jovens sintam o amor que Deus tem por todos nós e se encontrem verdadeiramente com Jesus.
Despeço-me desejando a todos um santo ano pastoral e peço que rezem por todos os consagrados e por todos os que se entregam a Deus para levar a Sua palavra a todos os homens, não esquecendo os que estão nas periferias.       
O Prior.

sábado, 19 de setembro de 2015


Carta do Papa Francisco aos Consagrados
Consagradas e consagrados caríssimos!
Escrevo-vos como Sucessor de Pedro, a quem o Senhor Jesus confiou a tarefa de confirmar na fé os seus irmãos (cf. Lc 22, 32), e escrevo-vos como vosso irmão, consagrado a Deus como vós.
Juntos, damos graças ao Pai, que nos chamou para seguir Jesus na plena adesão ao seu Evangelho e no serviço da Igreja e derramou nos nossos corações o Espírito Santo que nos dá alegria e nos faz dar testemunho ao mundo inteiro do seu amor e da sua misericórdia.
Fazendo-me eco do sentir de muitos de vós e da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, por ocasião do quinquagésimo aniversário da Constituição dogmática Lumen gentium sobre a Igreja, que no capítulo VI trata dos religiosos, bem como do Decreto Perfectae caritatis sobre a renovação da vida religiosa, decidi proclamar um Ano da Vida Consagrada. Terá início no dia 30 do corrente mês de Novembro, I Domingo de Advento, e terminará com a festa da Apresentação de Jesus no Templo a 2 de Fevereiro de 2016.
Depois de ter ouvido a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, indiquei como objectivos para este Ano os mesmos que São João Paulo II propusera à Igreja no início do terceiro milénio, retomando, de certa forma, aquilo que já havia indicado na Exortação pós-sinodal Vita consecrata: «Vós não tendes apenas uma história gloriosa para recordar e narrar, mas uma grande história a construir! Olhai para o futuro, para o qual vos projecta o Espírito a fim de realizar convosco ainda coisas maiores» (n. 110).
– I –
Os objectivos do Ano da Vida Consagrada
1. O primeiro objectivo é olhar com gratidão o passado. Cada um dos nossos Institutos provém duma rica história carismática. Nas suas origens, está presente a acção de Deus que, no seu Espírito, chama algumas pessoas para seguirem de perto a Cristo, traduzirem o Evangelho numa forma particular de vida, lerem com os olhos da fé os sinais dos tempos, responderem criativamente às necessidades da Igreja. Depois a experiência dos inícios cresceu e desenvolveu-se, tocando outros membros em novos contextos geográficos e culturais, dando vida a modos novos de implementar o carisma, a novas iniciativas e expressões de caridade apostólica. É como a semente que se torna árvore alargando os seus ramos.
Neste Ano, será oportuno que cada família carismática recorde os seus inícios e o seu desenvolvimento histórico, para agradecer a Deus que deste modo ofereceu à Igreja tantos dons que a tornam bela e habilitada para toda a boa obra (cf. Lumen gentium, 12).
Repassar a própria história é indispensável para manter viva a identidade e também robustecer a unidade da família e o sentido de pertença dos seus membros. Não se trata de fazer arqueologia nem cultivar inúteis nostalgias, mas de repercorrer o caminho das gerações passadas para nele captar a centelha inspiradora, os ideais, os projectos, os valores que as moveram, a começar dos Fundadores, das Fundadoras e das primeiras comunidades. É uma forma também para se tomar consciência de como foi vivido o carisma ao longo da história, que criatividade desencadeou, que dificuldades teve de enfrentar e como foram superadas. Poder-se-á descobrir incoerências, fruto das fraquezas humanas, e talvez mesmo qualquer esquecimento de alguns aspectos essenciais do carisma. Tudo é instrutivo, tornando-se simultaneamente apelo à conversão. Narrar a própria história é louvar a Deus e agradecer-Lhe por todos os seus dons.
De modo particular, agradecemos-Lhe por estes últimos 50 anos após o Concílio Vaticano II, que representou uma «ventania» do Espírito Santo sobre toda a Igreja; graças ao Concílio, de facto, a vida consagrada empreendeu um fecundo caminho de renovação, o qual, com as suas luzes e sombras, foi um tempo de graça, marcado pela presença do Espírito.
Que este Ano da Vida Consagrada seja ocasião também para confessar, com humildade e simultaneamente grande confiança em Deus Amor (cf. 1 Jo 4, 8), a própria fragilidade e para a viver como experiência do amor misericordioso do Senhor; ocasião para gritar ao mundo com força e testemunhar com alegria a santidade e a vitalidade presentes na maioria daqueles que foram chamados a seguir Cristo na vida consagrada.
2. Além disso, este Ano chama-nos a viver com paixão o presente. A lembrança agradecida do passado impele-nos, numa escuta atenta daquilo que o Espírito diz hoje à Igreja, a implementar de maneira cada vez mais profunda os aspectos constitutivos da nossa vida consagrada.
Desde os inícios do primeiro monaquismo até às «novas comunidades» de hoje, cada forma de vida consagrada nasceu da chamada do Espírito para seguir a Cristo segundo o ensinamento do Evangelho (cf. Perfectae caritatis, 2). Para os Fundadores e as Fundadoras, a regra em absoluto foi o Evangelho; qualquer outra regra pretendia apenas ser expressão do Evangelho e instrumento para o viver em plenitude. O seu ideal era Cristo, aderir inteiramente a Ele podendo dizer com Paulo: «Para mim, viver é Cristo» (Flp 1, 21); os votos tinham sentido apenas para implementar este seu amor apaixonado.
A pergunta que somos chamados a pôr neste Ano é se e como nos deixamos, também nós, interpelar pelo Evangelho; se este é verdadeiramente o «vademecum» para a vida de cada dia e para as opções que somos chamados a fazer. Isto é exigente e pede para ser vivido com radicalismo e sinceridade. Não basta lê-lo (e no entanto a leitura e o estudo permanecem de extrema importância), nem basta meditá-lo (e fazemo-lo com alegria todos os dias); Jesus pede-nos para pô-lo em prática, para viver as suas palavras.
Jesus – devemos perguntar-nos ainda – é verdadeiramente o primeiro e o único amor, como nos propusemos quando professamos os nossos votos? Só em caso afirmativo, poderemos – como é nosso dever – amar verdadeira e misericordiosamente cada pessoa que encontramos no nosso caminho, porque teremos aprendido d’Ele o que é o amor e como amar: saberemos amar, porque teremos o seu próprio coração.
Os nossos Fundadores e Fundadoras sentiram em si mesmos a compaixão que se apoderava de Jesus quando via as multidões como ovelhas extraviadas sem pastor. Tal como Jesus, movido por tal compaixão, comunicou a sua palavra, curou os doentes, deu o pão para comer, ofereceu a sua própria vida, assim também os Fundadores se puseram ao serviço da humanidade, à qual eram enviados pelo Espírito servindo-a dos mais diversos modos: com a intercessão, a pregação do Evangelho, a catequese, a instrução, o serviço aos pobres, aos doentes… A inventiva da caridade não conheceu limites e soube abrir inúmeras estradas para levar o sopro da Evangelho às culturas e aos sectores sociais mais diversos.
O Ano da Vida Consagrada questiona-nos sobre a fidelidade à missão que nos foi confiada. Os nossos serviços, as nossas obras, a nossa presença correspondem àquilo que o Espírito pediu aos nossos Fundadores, sendo adequados para encalçar as suas finalidades na sociedade e na Igreja actual? Há algo que devemos mudar? Temos a mesma paixão pelo nosso povo, solidarizamo-nos com ele até ao ponto de partilhar as suas alegrias e sofrimentos, a fim de podermos compreender verdadeiramente as suas necessidades e contribuir com a nossa parte para lhes dar resposta? Como a seu tempo pedia São João Paulo II, «a mesma generosidade e abnegação que impeliram os Fundadores devem levar-vos a vós, seus filhos espirituais, a manter vivos os seus carismas, que continuam – com a mesma força do Espírito que os suscitou – a enriquecer-se e adaptar-se, sem perder o seu carácter genuíno, para se porem ao serviço da Igreja e levarem à plenitude a implantação do seu Reino»[1].
Ao recordar as origens, há que evidenciar mais um componente do projecto de vida consagrada. Os Fundadores e as Fundadoras viviam fascinados pela unidade dos Doze ao redor de Jesus, pela comunhão que caracterizava a primeira comunidade de Jerusalém. Cada um deles, ao dar vida à sua comunidade, pretendeu reproduzir tais modelos evangélicos, formar um só coração e uma só alma, gozar da presença do Senhor (cf. Perfectae caritatis, 15).
Viver com paixão o presente significa tornar-se «peritos em comunhão», ou seja, «testemunhas e artífices daquele “projecto de comunhão” que está no vértice da história do homem segundo Deus»[2]. Numa sociedade marcada pelo conflito, a convivência difícil entre culturas diversas, a prepotência sobre os mais fracos, as desigualdades, somos chamados a oferecer um modelo concreto de comunidade que, mediante o reconhecimento da dignidade de cada pessoa e a partilha do dom que cada um é portador, permita viver relações fraternas.
Por isso, sede mulheres e homens de comunhão, marcai presença com coragem onde há disparidades e tensões, e sede sinal credível da presença do Espírito que infunde nos corações a paixão por todos serem um só (cf. Jo 17, 21). Vivei a mística do encontro: a capacidade de ouvir atentamente as outras pessoas; «a capacidade de procurar juntos o caminho, o método»[3], deixando-vos iluminar pelo relacionamento de amor que se verifica entre as três Pessoas divinas (cf. 1 Jo 4, 8) e tomando-o como modelo de toda a relação interpessoal.
3. Abraçar com esperança o futuro é o terceiro objectivo que se pretende neste Ano. Conhecemos as dificuldades que enfrenta a vida consagrada nas suas diversas formas: a diminuição das vocações e o envelhecimento, especialmente no mundo ocidental, os problemas económicos na sequência da grave crise financeira mundial, os desafios da internacionalidade e da globalização, as insídias do relativismo, a marginalização e a irrelevância social… É precisamente nestas incertezas, que partilhamos com muitos dos nossos contemporâneos, que se actua a nossa esperança, fruto da fé no Senhor da história que continua a repetir-nos: «Não terás medo (…), pois Eu estou contigo» (Jr 1, 8).
A esperança de que falamos não se funda sobre números ou sobre as obras, mas sobre Aquele em quem pusemos a nossa confiança (cf. 2 Tm 1, 12) e para quem «nada é impossível» (Lc 1, 37). Esta é a esperança que não desilude e que permitirá à vida consagrada continuar a escrever uma grande história no futuro, para o qual se deve voltar o nosso olhar, cientes de que é para ele que nos impele o Espírito Santo a fim de continuar a fazer, connosco, grandes coisas.
Não cedais à tentação dos números e da eficiência, e menos ainda à tentação de confiar nas vossas próprias forças. Com atenta vigilância, perscrutai os horizontes da vossa vida e do momento actual. Repito-vos com Bento XVI: «Não vos unais aos profetas de desventura, que proclamam o fim ou a insensatez da vida consagrada na Igreja dos nossos dias; pelo contrário, revesti-vos de Jesus Cristo e muni-vos das armas da luz – como exorta São Paulo (cf. Rm 13, 11-14) –, permanecendo acordados e vigilantes»[4]. Prossigamos, retomando sempre o nosso caminho com confiança no Senhor.
Dirijo-me sobretudo a vós, jovens. Sois o presente, porque viveis já activamente dentro dos vossos Institutos, prestando uma decisiva contribuição com o frescor e a generosidade da vossa opção. Ao mesmo tempo sois o seu futuro, porque em breve sereis chamados a tomar nas vossas mãos a liderança da animação, da formação, do serviço, da missão. Este Ano há-de ver-vos protagonistas no diálogo com a geração que vai à vossa frente; podereis, em comunhão fraterna, enriquecer-vos com a sua experiência e sabedoria e, ao mesmo tempo, repropor-lhe o ideal que conheceu no seu início, oferecer o ímpeto e o frescor do vosso entusiasmo, a fim de elaborardes em conjunto novos modos de viver o Evangelho e respostas cada vez mais adequadas às exigências de testemunho e de anúncio.
Fico feliz em saber que ides ter ocasiões para vos encontrardes entre vós, jovens dos diferentes Institutos. Que o encontro se torne caminho habitual de comunhão, de apoio mútuo, de unidade.

quinta-feira, 14 de maio de 2015


“A fé de Maria, dá carne humana a Jesus”  Papa Francisco

 “Maria com o seu «sim», abriu a porta a Deus para desatar o nó da desobediência antiga, é a mãe que, com paciência e ternura, nos leva a Deus, para que Ele desate os nós da nossa alma com a sua misericórdia de Pai.” – Papa Francisco, na receção da Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Roma.

Com esta certeza de que Maria é o caminho mais simples e fácil para chegar a Deus, mais uma vez a nossa Paróquia peregrinou para a Cova da Iria. Agradeço e louvo o Senhor pelo esforço e trabalho de todos e peço-vos que rezem por toda a Igreja, principalmente pelas famílias daqueles 5 peregrinos que morreram atropelados, que o Senhor os reconforte na dor e os fortaleça com a certeza da ressurreição. Relembro que no dia 30 de maio voltaremos a Fátima, na nossa peregrinação Paroquial e também visitaremos o Carmelo em Coimbra, contactando assim com a realidade em que viveu a Irmã Lúcia, nos últimos anos da sua vida. Ela que também respondeu de forma afirmativa ao chamamento que Deus fez, na pessoa de Nossa Senhora.

O “sim” de Nossa Senhora é uma afirmação de quem reza a Deus e confia nos seus designios incondicionalmente. Também nós, neste mês de Maria, na oração do Rosário que é promovida em todos os lugares, queremos testemunhar como os Pastorinhos que toda a nossa vida deve estar centrada em Jesus presente no Santíssimo Sacramento. Caminhando a passos largos para o centenário das aparições de Nossa Senhora, na Cova da Iria (2017), relembro que a oração do Rosário aponta sempre para Jesus, pois quando terminou a Primeira Aparição de 13 de Maio de 1917, os Pastorinhos ficaram a rezar à Santíssima Trindade e  a Jesus Eucaristico, razão de vida e sustento para todo o Cristão. Assim, desafio-vos a participarem no Sagrado Lausperene do Corpo de Deus de 6 para 7 de junho e a adorarmos Aquele que se fez, faz e fará presente no pão e no vinho para alimentar o nosso coração e orientar os nossos passos para Deus.

A humanidade precisa de um “novo” Pentecostes, necessita que se deixe soprar pelo Espírito que fortaleceu os Apóstolos e Nossa Senhora reunidos no Cenáculo. Só com a ajuda do Espírito de Deus é que a nossa caminhada terrena ficará orientada para a Jerusalém Celeste, o Céu, onde o Pai nos receberá de braços abertos para o banquete que nos preparou desde toda a eternidade.

Maria será o auxílio de todos os que abraçarem a cruz de Cristo. Ela dará ânimo e força aos cristãos, como fez com os Apóstolos. Ela é o Sol de um novo amanhecer que libertará o homem de todas as trevas. Ela é a nova Eva que foi escolhida para iniciar uma nova criação que adorará Deus na sua Trindade Santíssima.
Com a certeza de que todos nós queremos dar um sim como o de Maria, desejo-vos a continuação de uma Santa Páscoa, na Alegria de Cristo Ressuscitado.

terça-feira, 21 de abril de 2015

IV Domingo da Páscoa - O Bom Pastor

O 4º Domingo da Páscoa é considerado o “Domingo do Bom Pastor”,
 Cristo é “o Pastor modelo”, que ama de forma gratuita e desinteressada as suas ovelhas, até ser capaz de dar a vida por elas. As ovelhas sabem que podem confiar n’Ele de forma incondicional, pois Ele não busca o próprio bem, mas o bem do seu rebanho. O que é decisivo para pertencer ao rebanho de Jesus é a disponibilidade para “escutar” as propostas que Ele faz e segui-l’O no caminho do amor e da entrega.
Jesus é o único Salvador, já que “não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos” (neste “Domingo do Bom Pastor” dizer que Jesus é o “único salvador” equivale a dizer que Ele é o único pastor que nos conduz em direção à vida verdadeira). Lucas avisa-nos para não nos deixarmos iludir por outras figuras, por outros caminhos, por outras sugestões que nos apresentam propostas falsas de salvação.
Somos convidados a contemplar o amor de Deus pelo homem. Deus ama-nos com um “amor admirável” que está apostado em levar-nos a superar a nossa condição de debilidade e de fragilidade. O objetivo de Deus é integrar-nos na sua família e tornar-nos “semelhantes” a Ele.
pois todos os anos a liturgia propõe, neste domingo, um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como “Bom Pastor”. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus põe, hoje, à nossa reflexão.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

II Domingo da Páscoa - Domingo da Divina Misericórdia

Desde o ano 2000, a Igreja celebra, hoje o «Domingo da divina misericórdia». «Misericórdia» significa dar o coração aos pobres. Como Deus manifestou a sua misericórdia - isto é, o seu coração - na pessoa de Jesus Cristo, assim deve proceder cada cristão como seu próximo.
Jesus misericordioso e Santa Faustina
A alegria pascal deve fazer de nós um espelho que reflecte a misericórdia do Pai celeste: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (Lc. 6, 36). É esta a nossa vocação comum: ser espelho da misericórdia divina, ter coração compassivo, capaz de partilhar alegrias e tristezas com os outros e, como os primeiros cristãos, repartir também os bens materiais com os mais necessitados (Act. 2, 45).
Foi manifestação de misericórdia o encontro do Ressuscitado com Tomé. A aparição do Senhor aos «incrédulos» fê-los reaver a alegria, recuperar a paz perdida e recomeçar o seguimento do Mestre. «A paz esteja convosco!» É devolvida a paz e volta a existir a confiança naqueles corações destroçados pela desilusão e abalados pelo escândalo da cruz.
Senhor, confirma-nos na fé. Felizes de nós que acreditamos sem termos visto.
Na fé, distribuiremos a Tua Paz; seremos sinal da Tua Misericórdia.


P. Senra Coelho 

segunda-feira, 16 de março de 2015


Deus jamais se cansa de nos perdoar. “Nós é que nos cansamos de pedir perdão”  Papa Francisco


Foram estas as palavras que  o Papa Francisco dirigiu a quem estava na Praça de São Pedro aquando da primeira Oração de Ângelus, no ano 2013, quando iniciou o seu pontificado.

Toda a Igreja alegra-se e louva o Senhor por estes 2 anos de Pontificado do Papa Francisco. Assim, toda a nossa Paróquia esteve em oração diante do Santíssimo nas últimas 24 horas, concretizando o pedido que o Papa fez a todos cristãos. Mas não podíamos esquecer este tema do perdão que está presente em todas as mensagens do Santo Padre. Todos nós sabemos que a Quaresma é tempo de jejum, oração e PENITÊNCA (4.º sacramento), deste modo desafio toda a paróquia a participar na Celebração Penitencial que decorrerá amanhã, 2.ª feira – 16 de março, na Igreja Paroquial e que culminará com a inauguração dos novos confessionários.

No Sacramento da Penitência, Jesus acolhe-nos nos seus braços, aceita as nossas fragilidades e mostra-nos o caminho da verdade e do amor, Ele converte as nossas falhas e torna-nos novas criaturas com o Seu perdão. Amanhã estarão junto de nós vários sacerdotes que, em nome de Jesus, ajudar-nos-ão a percorrer este tempo de preparação para a Páscoa mais puros e próximos da Trindade Santíssima, pois o Senhor é rico de Misericórdia e Perdão para quem O invoca. Desde já agradeço todo o esforço que tiveram nas vendas de broas para angariar fundos para esta obra de restauro dos confessionários.

É nesta atitude de ajuda, solidariedade e caridade que se resume neste  compromisso comunitário, que a nossa paróquia caminha para a grande festa dos cristãos – a PÁSCOA. Todos nós temos sido convidados a participar nos encontros sinodais e a aprofundar a importância de nos comprometermos com Cristo, através das inúmeras atividades que existem na Paróquia. Quanto mais nos envolvermos nas coisas de Deus, mais sensíveis ficaremos aos seus sinais.

Está próxima a semana maior do calendário litúrgico, a semana em que choramos a morte de Jesus mas rejubilamos com a salvação que alcançamos na Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Desta forma, desafio todos vós a viverdes com fé e alma ardente o Tríduo Pascal. Na Quinta-feira Santa, Deus faz-se presente para sempre na Sagrada Eucaristia, institui o mandamento do Amor e ordena os apóstolos e sucessivamente toda a Igreja. Na Sexta feira Santa, a Igreja chora a morte do Senhor e caminha com Ele, na Via Sacra, a estrada sagrada que nos leva à salvação que celebraremos na solene Vigília Pascal, a maior celebração para todos os Cristãos. Espero que todos façam um esforço por se preparem para a salvação que Deus nos reserva.
      Continuação de uma Santa Quaresma, no encontro reconciliador com CRISTO!

O Prior

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Mensagem quaresmal do Papa Francisco

Fortalecei os vossos corações (Tg 5, 8)

Amados irmãos e irmãs,

Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença.
Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.
A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n'Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida.
Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa «tem a haver com Ele» (cf. Jo 13, 8), podendo assim servir o homem.
A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n'Ele, um não olha com indiferença o outro. «Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc 16, 19-31)?
Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções.
Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofra e gema, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: «Muito espero não ficar inactiva no Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas» (Carta 254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens.
Esta missão é o paciente testemunho d'Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf. Act 1, 8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?
Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.
E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.
Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.
Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: «Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e cada comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Vaticano, Festa de São Francisco de Assis, 4 de Outubro de 2014.

Francisco

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Quarta feira de Cinzas - Início da Quaresma

A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia é um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos ( que não são incluídos na Quaresma); ela ocorre quarenta e seis dias antes da Sexta-feira Santa contando os domingos. O seu posicionamento varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. A data pode variar do começo de fevereiro até à segunda semana de março.

Alguns cristãos tratam a quarta-feira de cinzas como um dia para se lembrar a mortalidade da própria mortalidade. Nas Eucaristias deste dia os participantes são abençoados com cinzas pelo padre que preside à cerimónia.

O padre marca a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o cristão normalmente deixa em sua testa até ao pôr do sol, antes de lavá-la. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Médio Oriente de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia). No Catolicismo Romano é um dia de jejum e abstinência.

Como é o primeiro dia da Quaresma, ele ocorre um dia depois da terça-feira gorda ou Mardi Gras, o último dia da temporada de Carnaval.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

NÃO MAIS ESCRAVOS, MAS IRMÃOS!

Queridos Paroquianos!

Este foi o tema que o Papa Francisco escolheu para o 48º Dia Mundial da Paz, que foi celebrado no dia 1 de janeiro de 2015.
Em pleno século XXI já não vivemos a escravatura do passado, mas a nossa sociedade está escrava dos falsos ideais que foram criados ao longo de gerações. À semelhança do povo de Deus que no deserto fundiram um bezerro de ouro para o adorar, nós também construímos falsos deuses que adoramos e que não nos realizam como filhos de Deus.
A escravatura é um termo geralmente está relacionado com miséria e pobreza. Hoje em dia além da pobreza material em que alguns de nós vivemos, predomina a pobreza espiritual, a pobreza de valores, a pobreza do prazer e do ter. Foi nesse sentido que a nossa comunidade diocesana planificou uma caminhada sinodal em busca dos mais necessitados, dos que estão sós, dos escravizados pelo vício, pela sociedade, pelo dinheiro, entre outros tipos de escravatura.
Toda a nossa paróquia vai caminhar num trilho de reflexão profundo ao longo de vários encontros  que desenvolveremos no decorrer deste ano. Depois de refletir, partiremos ao encontro daqueles que mais sofrem e mais precisam do nosso apoio. 
Nos últimos dias presenciamos que o nosso mundo está escravo dos ideais político-sociais que constroem uma realidade que representa um “golpe de morte” para a fraternidade universal. A fraternidade, aliás, foi tema da mensagem de paz de 2014: “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”.

“A escravatura é uma terrível ferida aberta no corpo da sociedade contemporânea, é uma chaga gravíssima na carne de Cristo! Para a combater eficazmente, tem de se reconhecer, acima de tudo, a inviolável dignidade de cada pessoa” (Papa Francisco).

Toda a Igreja iniciou o novo ano civil com o Dia Mundial da Paz na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus. Peçamos a Maria, Rainha da Paz, que nos ajude a encontrar este caminho de paz para a humanidade. Que todos os homens com quem nos cruzamos vejam no nosso rosto, nas nossas ações, nas nossas palavras sinais que conduzem à salvação em Jesus Cristo, Ele que é o caminho, a verdade e a vida.
Um ano 2015 cheio das bênçãos de Deus que se fez menino para mostrar a todos os homens, por mais “pequenos que sejam”, o caminho da salvação!
O Prior!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015


"Hoje sobre nós esplandece uma luz. Nasceu o Senhor!!!"

Foi assim que os Magos descobriram, procuraram e encontraram a luz das nações. Depois de uma longa caminhada, que pode ser comparada a toda a nossa vida, aqueles homens sábios descobriram Aquele de quem a profecia falava - O SALVADOR.
À semelhança dos Magos façamos também esta caminhada em direção a Cristo que nos levará à salvação.
Um enorme obrigado a todos os jovens e crianças que participaram na festa de natal e no 11.º Presépio ao Vivo dos Chãos.