segunda-feira, 30 de outubro de 2017

1 de Novembro - Todos os santos


Resultado de imagem para dia de todos os santosA festa do dia de Todos-os-Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A Igreja Católica celebra a Festum omnium sanctorum a 1 de novembro seguido do dia dos fiéis defuntos a 2 de novembro.

Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, ressalta o chamamento de Cristo a cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de Deus, a imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar em amor. Isto não só faz ver que existem santos vivos (não apenas os do passado) e que cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma que os canonizados igualmente vêem Deus face a face, têm plena felicidade e intercedem por nós. O Papa João Paulo II foi um grande impulsionador da "vocação universal à santidade", tema renovado com grande ênfase no Segundo Concílio do Vaticano.

Nesta celebração, o povo católico é conduzido à contemplação do que, por exemplo, dizia o Cardeal Beato John Henry Newman: não somos simplesmente pessoas imperfeitas em necessidade de melhoramentos, mas sim rebeldes pecadores que devem render-se, aceitando a vida com Deus, e realizar isso é a santidade aos olhos de Deus.

A comunhão com os santos: «Não é só por causa do seu exemplo que veneramos a memória dos bem-aventurados, mas ainda mais para que a união de toda a Igreja no Espírito aumente com o exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão cristã entre os cristãos ainda peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim também a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de Deus»


Cquote1.svg«A Cristo, nós O adoramos, porque Ele é o Filho de Deus;
quanto aos mártires, nós os amamos como a discípulos e imitadores do Senhor;
e isso é justo, por causa da sua devoção incomparável para com o seu Rei e Mestre.
Assim nós possamos também ser seus companheiros e condiscípulos!».
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                                   Martyrum sancti Polycarpi 17, 3: SC 10bis, 232 (FUNK 1, 336).


Quando a Igreja, no ciclo anual, faz memória dos mártires e dos outros santos, «proclama o mistério pascal» realizado naqueles homens e mulheres que «sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados, propõe aos fiéis os seus exemplos, que a todos atraem ao Pai por Cristo, e implora, pelos seus méritos, os benefícios de Deus».

«Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade». Todos são chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48):

«Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá, a fim de que [...] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo. Assim crescerá em frutos abundantes a santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na história da Igreja, com a vida de tantos santos»

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Domingo da Palavra


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PALAVRA de DEUS

Na carta apostólica promulgada no final do Ano Extraordinário da Misericórdia, no n.º 7, o Papa Francisco afirma que «seria conveniente que cada comunidade pudesse, num domingo do Ano Litúrgico, renovar o compromisso em prol da difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura: um domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus, para compreender a riqueza inesgotável que provém daquele diálogo constante de Deus com o seu povo». É crucial que este apelo do Santo Padre não seja descurado, remetendo-o para iniciativas individuais das agendas e dos programas do ano pastoral, de acordo com sensibilidades espontâneas. Não pode faltar, a esta iniciativa, o alcance e a dimensão nacional, que a todos envolve e compromete, conferindo a importância e o devido lugar que a Palavra de Deus tem no seio da família e da comunidade. Como nos ensinam os Padres da Igreja, não devemos deixar cair por terra um só fragmento da Palavra de Deus, tendo o mesmo cuidado que se tem com a Eucaristia, tornando-a palavra de vida, porque atua na vida de cada crente, acolhendo-a como Palavra de Deus e não palavra humana (1Ts 2,13). «Não há de faltar – acrescenta o Santo Padre – criatividade para enriquecer esse momento com iniciativas que estimulem os crentes a ser instrumentos vivos de transmissão da Palavra. Entre tais iniciativas conta-se certamente uma difusão mais ampla da lectio divina, para que, através da leitura orante do texto sagrado, a vida espiritual encontre apoio e crescimento.»

Remontam a meados do século XVI as primeiras celebrações do dia ou do domingo da Palavra, no âmbito da Igreja Protestante. Foi só no Concílio Vaticano II, com o documento conciliar Dei Verbum, que ficou reconhecida, na Igreja Católica, a necessidade de facultar o mais possível a palavra de Deus a todos os fiéis, incentivando a divulgação, o estudo e a celebração litúrgica com maior diversidade e abundância de textos escriturísticos. «Visto que a palavra de Deus deve estar sempre acessível a todos, a Igreja procura com solicitude maternal que se façam traduções aptas e fiéis nas várias línguas.» (Dei Verbum, n.º 22) A centralidade que o Concílio Vaticano II concede à Palavra de Deus tem a finalidade de apresentá-la como Palavra que se torna sempre atual e, por conseguinte, viva e eficaz. Para isso, o mesmo documento do Concílio Vaticano II afirma a importância do acesso direto às Escrituras, o estudo, a tradução da Bíblia e a leitura orante.

O Papa Francisco terá manifestado, assim, o desejo de não perdermos o vigor da mudança operada pelo Concílio Vaticano II, aprofundando as fontes da Revelação. É, também, um alerta para a tentação de uma certa acomodação que faz recuar aos tempos anteriores ao Concílio, enclausurando-nos numa segurança aparente, alheados da realidade.

Trata-se de reconhecer que «os livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que Deus, para nossa salvação, quis que fosse consignada nas sagradas Letras. Por isso, “toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, para corrigir, para instruir na justiça: para que o homem de Deus seja perfeito, experimentado em todas as obras boas” [2Tm 3, 7-17]» (Dei Verbum, nº11).

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

XXX do Tempo Comum


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AMAR



A liturgia do 30º domingo Comum diz-nos, de forma clara e inquestionável, que o amor está no centro da experiência cristã. O que Deus pede – ou antes, o que Deus exige – a cada crente é que deixe o seu coração ser submergido pelo amor.
O Evangelho diz-nos, de forma clara e inquestionável, que toda a revelação de Deus se resume no amor – amor a Deus e amor aos irmãos. Os dois mandamentos não podem separar-se: “amar a Deus” é cumprir a sua vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de partilha, de serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto é explicação, desenvolvimento, aplicação à vida prática dessas duas coordenadas fundamentais da vida cristã.
A primeira leitura garante-nos que Deus não aceita a perpetuação de situações intoleráveis de injustiça, de arbitrariedade, de opressão, de desrespeito pelos direitos e pela dignidade dos mais pobres e dos mais débeis. A título de exemplo, a leitura fala da situação dos estrangeiros, dos órfãos, das viúvas e dos pobres vítimas da especulação dos usurários: qualquer injustiça ou arbitrariedade praticada contra um irmão mais pobre ou mais débil é um crime grave contra Deus, que nos afasta da comunhão com Deus e nos coloca fora da órbita da Aliança.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã (da cidade grega de Tessalónica) que, apesar da hostilidade e da perseguição, aprendeu a percorrer, com Cristo e com Paulo, o caminho do amor e do dom da vida; e esse percurso – cumprido na alegria e na dor – tornou-se semente de fé e de amor, que deu frutos em outras comunidades cristãs do mundo grego. Dessa experiência comum, nasceu uma imensa família de irmãos, unida à volta do Evangelho e espalhada por todo o mundo grego.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

18 de Outubro - Dia de São Lucas


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O Dia de São Lucas celebra-se a 18 de outubro.
São Lucas Evangelista nasceu em Antioquia, na Síria. Foi o autor do Evangelho de São Lucas e dos Atos dos Apóstolos, trazendo com os seus escritos uma perspetiva detalhada do mistério da vida, da morte e da ressurreição de Cristo, que veio ao mundo salvar o homem e consolar os pobres e os que sofrem.
Lucas foi um médico e pintor nascido no seio de uma família pagã que foi convertido por São Paulo e que acompanhou os discípulos de Jesus. São Paulo o apelidava de "médico bem amado".
Fiel companheiro de Paulo, Lucas seguiu Paulo até ao seu martírio, tendo falecido aos 84 anos de idade, perto de Beócia, na Grécia. Terá sido o primeiro iconógrafo, pintado a Virgem Maria, São Paulo e São Pedro.
Ele é o santo padroeiro dos pintores, médicos e cirurgiões.
Na nossa paróquia haverá missa solene às 21h.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

XXIX Tempo Comum



Dai a DEUS...



A liturgia do 29º Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir acerca da forma como devemos equacionar a relação entre as realidades de Deus e as realidades do mundo. Diz-nos que Deus é a nossa prioridade e que é a Ele que devemos subordinar toda a nossa existência; mas avisa-nos também que Deus nos convoca a um compromisso efectivo com a construção do mundo.
O Evangelho ensina que o homem, sem deixar de cumprir as suas obrigações com a comunidade em que está inserido, pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas mãos de Deus. Tudo o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão ao poder político.
A primeira leitura sugere que Deus é o verdadeiro Senhor da história e que é Ele quem conduz a caminhada do seu Povo rumo à felicidade e à realização plena. Os homens que actuam e intervêm na história são apenas os instrumentos de que Deus se serve para concretizar os seus projectos de salvação.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã que colocou Deus no centro do seu caminho e que, apesar das dificuldades, se comprometeu de forma corajosa com os valores e os esquemas de Deus. Eleita por Deus para ser sua testemunha no meio do mundo, vive ancorada numa fé activa, numa caridade esforçada e numa esperança inabalável.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

XXVIII Tempo Comum


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BANQUETE




A liturgia do 28º Domingo do Tempo Comum utiliza a imagem do “banquete” para descrever esse mundo de felicidade, de amor e de alegria sem fim que Deus quer oferecer a todos os seus filhos.
Na primeira leitura, Isaías anuncia o “banquete” que um dia Deus, na sua própria casa, vai oferecer a todos os Povos. Acolher o convite de Deus e participar nesse “banquete” é aceitar viver em comunhão com Deus. Dessa comunhão resultará, para o homem, a felicidade total, a vida em abundância.
O Evangelho sugere que é preciso “agarrar” o convite de Deus. Os interesses e as conquistas deste mundo não podem distrair-nos dos desafios de Deus. A opção que fizemos no dia do nosso baptismo não é “conversa fiada”; mas é um compromisso sério, que deve ser vivido de forma coerente.
Na segunda leitura, Paulo apresenta-nos um exemplo concreto de uma comunidade que aceitou o convite do Senhor e vive na dinâmica do Reino: a comunidade cristã de Filipos. É uma comunidade generosa e solidária, verdadeiramente empenhada na vivência do amor e em testemunhar o Evangelho diante de todos os homens. A comunidade de Filipos constitui, verdadeiramente, um exemplo que as comunidades do Reino devem ter presente.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017


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INÍCIO da CATEQUESE



No próximo sábado, dia  7 de outubro, faremos a abertura da catequese nos Chãos, na Eucaristia das 19:15h.

Que Jesus toque no coração das nossas crianças e jovens para que se sintam chamados para trabalhar na vinha do Senhor.


XXVII Tempo Comum


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VINHA do SENHOR


A liturgia do 27º Domingo do Tempo Comum utiliza a imagem da “vinha de Deus” para falar desse Povo que aceita o desafio do amor de Deus e que se coloca ao serviço de Deus. Desse Povo, Deus exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia.
Na primeira leitura, o profeta Isaías dá conta do amor e da solicitude de Deus pela sua “vinha”. Esse amor e essa solicitude não podem, no entanto, ter como contrapartida frutos de egoísmo e de injustiça… O Povo de Jahwéh tem de deixar-se transformar pelo amor sempre fiel de Deus e produzir os frutos bons que Deus aprecia – a justiça, o direito, o respeito pelos mandamentos, a fidelidade à Aliança.
No Evangelho, Jesus retoma a imagem da “vinha”. Critica fortemente os líderes judaicos que se apropriaram em benefício próprio da “vinha de Deus” e que se recusaram sempre a oferecer a Deus os frutos que Lhe eram devidos. Jesus anuncia que a “vinha” vai ser-lhes retirada e vai ser confiada a trabalhadores que produzam e que entreguem a Deus os frutos que Ele espera.
Na segunda leitura, Paulo exorta os cristãos da cidade grega de Filipos – e todos os que fazem parte da “vinha de Deus” – a viverem na alegria e na serenidade, respeitando o que é verdadeiro, nobre, justo e digno. São esses os frutos que Deus espera da sua “vinha”.